quinta-feira, 29 de abril de 2010

SAÚDE


Estresse: Causas e Consequências
O estresse é a resposta fisiológica e de comportamento de um sujeito que se esforça para habituar-se e ajustar-se a estímulos internos e externos

Por Tâmara Xavier


Caros leitores, é com satisfação que iniciamos mais um ano de trabalho na tentativa de esclarecer e desmistificar alguns temas de saúde, principalmente aqueles que são encobertos de notáveis preconceitos, como as patologias psicológicas.

Sobre o tema deste mês, acredito que todos já tenham ouvido falar e quiçá passado pelo desconforto de sofrê-lo: O Estresse. Antes de escrever, fizemos uma pesquisa sobre as últimas publicações científicas do tema e o estresse teve uma evidente particularidade: ele se espalha por todas, exatamente todas as classes sociais, profissões e idades, trazendo alterações significativas no cotidiano das pessoas envolvidas, podendo inclusive, surgir após doenças (graves ou não) e após traumas, desde a violência até a demissão de um emprego ou o fim de um relacionamento. A esses fatores desencadeantes, chamamos Agentes Estressores.

Mas afinal, o que é Estresse? "Ao se deparar com o Agente Estressor, que pode ser interno ou externo, o organismo desenvolve um processo fisiológico, que consiste no somatório de todas as reações sistêmicas, conhecido como Síndrome Geral de Adaptação. Assim, podemos entender que essa Síndrome Geral de Adaptação ou Estresse é a alteração global de nosso organismo para adaptar-se a uma situação nova ou às mudanças de um modo geral". Dessa forma, ele é um mecanismo natural necessário e benéfico ao organismo, pois faz com que o ser humano tenha mais atenção e se sensibilize frente a situações de ameaça ou de dificuldade.

Portanto, o estresse é a resposta fisiológica e de comportamento de um sujeito que se esforça para habituar-se e ajustar-se a estímulos internos e externos. Como a energia utilizada para esta adequação é restrita, havendo constância do agente estressor, indiscutivelmente mais cedo ou mais tarde o indivíduo entra em uma fase de esgotamento e é neste ponto que iniciam os problemas.

Neste momento, podemos sentir tensão ou dor muscular, azia, problemas de pele, irritabilidade sem causa aparente, nervosismo, sensibilidade excessiva, ansiedade e inquietação. Caso o agente estressor desapareça, saímos do processo de estresse sem sequelas. Todavia se ele continua ou se algo mais acontece para nos provocar, podemos entrar no estágio de resistência ao estresse. Nesta fase, dois sintomas significativos surgem: problemas com a memória e cansaço.

A dificuldade maior começa quando não conseguimos combater a situação ou nos adequarmos e nosso organismo passa a sofrer um esgotamento gradual. Entramos na fase de quase exaustão, cujos sintomas podem ser a perda da memória imediata, queda de cabelo, impotência sexual ou perda da vontade de ter relação sexual, infecções ginecológicas, tumores, gastrite ou úlcera, perda ou ganho de peso, até os sintomas psicológicos como desânimo, apatia ou questionamento frente à vida, crises de pânico, indiferença emocional entre outros.

Tendo consciência de que cada pessoa possui uma forma particular de reagir aos estímulos da vida, observamos que elas também terão limiares diferentes de esgotamento por estresse. De acordo com o ponto de vista que cada um tem da realidade, da valorização do passado ou das perspectivas do futuro, as reações de estresse podem variar. Uma visualização pessimista da realidade pode proporcionar e até mesmo favorecer estas reações, enquanto a representação otimista deve amenizar seus efeitos. Para o tratamento, temos como opções: Acupuntura, Ioga, Psicoterapia e atividades que proporcionem prazer e relaxamento, além do que é necessário antes de qualquer coisa, ir ao médico para que possam ser realizados exames que irão detectar as necessidades e dificuldades físicas da pessoa em questão.

*Tâmara Xavier (CRP - 03/4069) é psicóloga clí­nica com especialização em Psicologia Conjugal e Familiar
Fonte: Revistaperfil.com.br

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